GUARIBAS: município do Estado do Piauí.
Área: 3741,5 km2. Latitude: 09º23'54" Sul. Longitude: 43º41'12" Oeste Altitude: 520 metros. População em 2004: 4 460 habitantes (estimativa)
Guaribas (PI) conta atualmente com serviços de água [os guaribenses têm torneiras em suas casas de onde - após duas tentativas mal sucedidas - sai, hoje, água tratada e encanada]. Tem mais escolas que antes da primeira visita do presidente Lula da Silva [quando definiu a cidade como pioneira do Programa Fome Zero].
E tem uma receita mensal de R$ 200 mil [dos quais R$ 124 mil do FPM-Fundo de Participação dos Municípios e o restante do Fundeb-Fundo de Desenvolvimento do Ensino Fundamental, de uso autorizado apenas na educação; toda esta receita tem origem no estado ou no governo federal]. Sua prefeitura tem 130 funcionários e 65% de sua folha de pagamento é destinada aos professores. Feijão, milho e mandioca - nos anos em que a seca permite [2006, por exemplo, é a regra: iniciou-se com uma seca - não chove desde novembro - pra ninguém botar defeito] - são os produtos de sobrevivência dos guaribenses. Nos anos muito bons, às vezes, chega a sobrar alguma coisinha para se vender nas feiras [iniciativas objetivando incrementar a produção local - casas de farinha, experiências com apicultura e hortas nas escolas - pouco prosperam dada a inclemência do tempo].
Mas Guariba tem os redentores cartões do Bolsa Família [que, se não deu para terminar em definitivo com a fome na cidade, já melhorou bastante, graças a Deus].
"Só isso [cartão do Bolsa Família] já é motivo de alegria. Mas, para ser bom mesmo, tinha era que ter emprego [...] Aqui não tem o que fazer. Se não fosse o programa, eu ia morrer de fome"- Ana Luzia Dias, de 26 anos, viúva, quatro filhos; recebe religiosamente, todo mês, os R$ 95 do programa.
"É tão triste de ver as plantas ali, tudo torradinhas em cima da terra, que eu jurei que só volto na roça quando chover. Mas agora não adianta mais [...] O ano que mais capinei foi o ano que mais perdi minhas plantas." - Carmelita da Rocha, 64 anos, que vive da aposentadoria que recebe do governo; nunca saiu de Guaribas.
"Se, por uma calamidade, os cartões acabassem amanhã, a cidade toda ia morrer de fome" - Ercílio de Andrade (PMDB-PI), prefeito da cidade, opõe-se ao PT e a Lula.
"Estamos tentando trabalhar a questão da produção, mas nada disso é fácil. As pessoas não têm qualificação e a taxa de analfabetismo é muito alta. Trabalhamos em várias frentes ao mesmo tempo" - Rosângela Sousa, coordenadora do Fome Zero no Piauí.
"Quero voltar aqui em quatro anos e dizer que vocês não precisam mais do cartão porque acabou a fome." - José Graziano [ministro, à época, do Combate à Fome; por onde andará, hoje?], ao visitar Guaribas em 2003, na companhia de quatro outros ministros.
Está faltando um ano para Graziani [quando voltar, se voltar] confirmar o que disse três anos atrás.
Área: 3741,5 km2. Latitude: 09º23'54" Sul. Longitude: 43º41'12" Oeste Altitude: 520 metros. População em 2004: 4 460 habitantes (estimativa)
Guaribas (PI) conta atualmente com serviços de água [os guaribenses têm torneiras em suas casas de onde - após duas tentativas mal sucedidas - sai, hoje, água tratada e encanada]. Tem mais escolas que antes da primeira visita do presidente Lula da Silva [quando definiu a cidade como pioneira do Programa Fome Zero].
E tem uma receita mensal de R$ 200 mil [dos quais R$ 124 mil do FPM-Fundo de Participação dos Municípios e o restante do Fundeb-Fundo de Desenvolvimento do Ensino Fundamental, de uso autorizado apenas na educação; toda esta receita tem origem no estado ou no governo federal]. Sua prefeitura tem 130 funcionários e 65% de sua folha de pagamento é destinada aos professores. Feijão, milho e mandioca - nos anos em que a seca permite [2006, por exemplo, é a regra: iniciou-se com uma seca - não chove desde novembro - pra ninguém botar defeito] - são os produtos de sobrevivência dos guaribenses. Nos anos muito bons, às vezes, chega a sobrar alguma coisinha para se vender nas feiras [iniciativas objetivando incrementar a produção local - casas de farinha, experiências com apicultura e hortas nas escolas - pouco prosperam dada a inclemência do tempo].
Mas Guariba tem os redentores cartões do Bolsa Família [que, se não deu para terminar em definitivo com a fome na cidade, já melhorou bastante, graças a Deus].
"Só isso [cartão do Bolsa Família] já é motivo de alegria. Mas, para ser bom mesmo, tinha era que ter emprego [...] Aqui não tem o que fazer. Se não fosse o programa, eu ia morrer de fome"- Ana Luzia Dias, de 26 anos, viúva, quatro filhos; recebe religiosamente, todo mês, os R$ 95 do programa.
"É tão triste de ver as plantas ali, tudo torradinhas em cima da terra, que eu jurei que só volto na roça quando chover. Mas agora não adianta mais [...] O ano que mais capinei foi o ano que mais perdi minhas plantas." - Carmelita da Rocha, 64 anos, que vive da aposentadoria que recebe do governo; nunca saiu de Guaribas.
"Se, por uma calamidade, os cartões acabassem amanhã, a cidade toda ia morrer de fome" - Ercílio de Andrade (PMDB-PI), prefeito da cidade, opõe-se ao PT e a Lula.
"Estamos tentando trabalhar a questão da produção, mas nada disso é fácil. As pessoas não têm qualificação e a taxa de analfabetismo é muito alta. Trabalhamos em várias frentes ao mesmo tempo" - Rosângela Sousa, coordenadora do Fome Zero no Piauí.
"Quero voltar aqui em quatro anos e dizer que vocês não precisam mais do cartão porque acabou a fome." - José Graziano [ministro, à época, do Combate à Fome; por onde andará, hoje?], ao visitar Guaribas em 2003, na companhia de quatro outros ministros.
Está faltando um ano para Graziani [quando voltar, se voltar] confirmar o que disse três anos atrás.