Perdão, amigos - que nem sabem que existo - de Primeira Leitura. Perdão por vivermos em um país como este, onde ser liberal chega a ser um gesto quase suicida; onde ser honesto é um sofrimento só, que se sofre na intimidade do leito, na intimidade do banheiro deixando a água correr sobre nosso rosto coberto de lágrimas que não queremos dividir com mais ninguém.
Perdão amigos da Primeira Leitura, por nada poder fazer para mantê-los na guerra, nesta guerra infeliz que uns poucos ainda seguram para levantar um país que não se sabe para onde vai, muito menos com quem [embora se possa, com tristeza, imaginar].
Nada posso fazer senão deixar meu grito de alerta para os que aprenderam com vocês, amigos da Primeira Leitura, e que somente têm para consolá-los o seu grito de tristeza.
Até breve, amigos. Não está longe o dia em que nos encontramos na próxima esquina.
Acreditem nisso. Estamos com vocês.