Sexta-feira última, 16/06, durante encontro em Buenos Aires, foi ratificado pelos chanceleres de Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai - atuais membros plenos do Mercosul - o Pacto de Adesão em que se incluiu a Venezuela.
Otimista, o chanceler oficial brasileiro, Celso Amorim - contestando os que criticam a entrada da Venezuela naquele bloco e o conflito entre Argentina e Uruguai devido à construção, neste, de duas fábricas de celulose, pondo em risco o bloco regional - fez as seguintes declarações ao jornal argentino Clarín:
"Riscos sempre há, mas acho que o conjunto das forças no Mercosul continua forte. A entrada da Venezuela é algo positivo, e o interesse de nossos países vai além das fábricas de celulose [...] é preciso lidar com os atritos com certa naturalidade [já que] cada coisa que ocorre no Mercosul parece uma tragédia, dramatiza-se muito [existe] uma visão clara no Mercosul de uma coluna vertebral na América do Sul, que vai do Caribe à Terra do Fogo, que é algo que não se pode desprezar [...] Temos uma ótima relação com a Venezuela. Estamos contentes com sua entrada no Mercosul. A Venezuela fez todo o necessário em termos de tarifas, de negociação de normas de tarifa externa comum. É uma ótima indicação terem decidido seguir esse caminho".
Otimista, o chanceler oficial brasileiro, Celso Amorim - contestando os que criticam a entrada da Venezuela naquele bloco e o conflito entre Argentina e Uruguai devido à construção, neste, de duas fábricas de celulose, pondo em risco o bloco regional - fez as seguintes declarações ao jornal argentino Clarín:
"Riscos sempre há, mas acho que o conjunto das forças no Mercosul continua forte. A entrada da Venezuela é algo positivo, e o interesse de nossos países vai além das fábricas de celulose [...] é preciso lidar com os atritos com certa naturalidade [já que] cada coisa que ocorre no Mercosul parece uma tragédia, dramatiza-se muito [existe] uma visão clara no Mercosul de uma coluna vertebral na América do Sul, que vai do Caribe à Terra do Fogo, que é algo que não se pode desprezar [...] Temos uma ótima relação com a Venezuela. Estamos contentes com sua entrada no Mercosul. A Venezuela fez todo o necessário em termos de tarifas, de negociação de normas de tarifa externa comum. É uma ótima indicação terem decidido seguir esse caminho".
"Não quero subestimar o problema [instalação no Uruguai de duas fábricas de celulose], mas não vejo riscos para o Mercosul".
"[A relação entre Argentina e Brasil] está melhor que em muitos outros momentos [...] há razões para que os países menores [do Mercosul] tenham alguma frustração [uma vez que] se olharem os números do comércio do Uruguai com o Brasil, [verão que] no começo [do bloco] eram de cerca de US$ 1 bilhão e hoje estão em US$ 500 milhões".
"[Para mudar esta situação] é necessário um entendimento novo, sobretudo para os países menores, para poderem desenvolver mecanismos de política industrial, de financiamento e flexibilidade nas regras".
Vê-se, pelas palavras de Amorim, que o Mercosul vai muito bem, obrigado. Compra de armamento de guerra na Rússia pelo "hermano" Chávez e construção do gasoduto que vai cortar a América do Sul de cima abaixo são, apenas, pequenos detalhes nas relações entre os países do bloco.
Enquanto isso o Brasil se classifica para as oitavas de final nesta modorrenta Copa do Mundo.