Vilas-Boas Corrêa - em sua coluna de hoje [Coisas da Política], quinta-feira, 31, no Jornal do Brasil - traça imagem desta Terra de Santa Cruz que deverá soar como sonata de Beethoven aos ouvidos da metade invisível de brasileiros que mostra sua força eleitoral faltando exatos trinta e um dias para o pleito que elegerá o novo presidente da República.
Transcrevemos a matéria de Villas-Bôas para que a chamada metade menor da terra [conceito que, em minha adolescência, levei tempo para compreender] se tranquilize: o Brasil, que ia tão mal antes da posse de Lula já lá se vão quase quatro anos, é outro país. Tudo vai de bem a melhor, creiam. É só conferir.
"O Brasil não existiria sem Lula
A um mês do primeiro turno das eleições, no atordoamento da mudança da água para a pinga da agressividade da campanha e com o presidente-candidato disparado nas pesquisas - depois de muito ouvir e ler as suas declarações, discursos e improvisos, de examinar as suas promessas e conferir os badalados sucessos e realizações - o pensamento vadio se solta na especulação do que seria do Brasil, como estaria o nosso país sem os três anos e nove meses do mais revolucionário governo de todos os tempos, desde a chegada do almirante Pedro Álvares Cabral a estas terras ocupadas pelos índios.
Vamos começar pela mais repetida louvação do Bolsa Família, que sacia a fome de 11 milhões de lares ou 44 milhões de carentes. Milhões de barriga cheia, pacificados pela gratidão que se manifesta em votos e que, sem Lula, vagariam pelas ruas, acampariam nas praças, debaixo das pontes, na provação da mendicância. E quem, além de Lula, jamais cuidou dos pobres neste país por ele reinaugurado?
No último programa eleitoral fomos surpreendidos com a informação de que o governo de Lula restaurou a rede rodoviária, que herdou esburacada pela negligência do antecessor; recuperou os portos em péssimo estado e modernizou e ampliou as ferrovias, que cortam o país de norte a sul, desafogando o transporte da recordista produção em geral, especialmente a agrícola em extraordinário crescimento.
Está bom ou quer mais, leitora aniga?