Foi publicada na Folha de S.Paulo de hoje, 28, a matéria que, sob o título "CPI teme o descrédito de Vedoin na Justiça", dos jornalistas Pedro Dias Leite e Fábio Zanini, abaixo transcrevo:
"As idas e vindas do empresário Luiz Antônio Vedoin e as novas acusações contra o presidente do Conselho de Ética da Câmara, Ricardo Izar (PTB-SP), provocam temor na CPI dos Sanguessugas de uma absolvição em massa dos deputados acusados de envolvimento no escândalo.
O fato de Vedoin revelar novos detalhes do esquema a conta-gotas por meio da imprensa, e não para a própria comissão, a Justiça ou o Ministério Público, deverá ser usado como tática de defesa pelos deputados acusados, avaliam integrantes da CPI. Se o principal acusador perde credibilidade, o processo fica enfraquecido.
A acusação contra Izar é considerada perigosa, uma vez que o presidente do Conselho de Ética é justamente o responsável por encaminhar a abertura dos processos de cassação. Se ele próprio estiver sob suspeição, ficará difícil levar adiante as investigações contra os colegas de Câmara.
"Esclarecer o que pesa contra Izar é prioridade absoluta, para não comprometer a segunda fase da investigação, que ocorre depois da eleição, no âmbito do conselho. Neste momento nós não sabemos se existe algo de concreto contra ele, ou se é simplesmente uma tentativa de sabotagem", diz o deputado Fernando Gabeira (PV-RJ)..."
Clique aqui para ler a matéria da Folha em seu todo.
Insiste atenta leitora para que eu trate do chamado "caso das sanguessugas" neste blog. Evitei, até hoje - quando fica evidente, pela transcrição da matéria acima, que muito pouco deverá acontecer com os parlamentares e seus assistentes, vizinhos, esposas e demais envolvidos na questão -, tratar de mais toda esta ladroeira que assola, de norte a sul e de leste a oeste, os cofres de inúmeros municípios brasileiros.
Tal qual a história do mensalão, que nosso presidente-metalúrgico convenceu o eleitorado [já não falo do povo] brasileiro de que não existiu, também o tal senhor Vedoin fará lambança tão grande, acredito, que ninguém terá certeza da existência efetiva do assalto aos cofres públicos para a compra de ambulâncias, via emendas orçamentárias. E ficam impunes os cento e tantos [ou serão oitenta, ou setenta e poucos, ou cinquenta e tal, ou meia dúzia, à exceção daqueles um ou dois - os que renunciaram a seus mandatos?] picaretas engravatados, belos e faceiros, desfilando suas habilidades em enganar o povo e transferir para seus bolsos tudo que falta a uma população que dá graças a Deus por ter a gorjeta de uma Bolsa-Família a ampará-la.
Triste país esse, preclara leitora, em que as manchetes dos jornais, quase todos os dias, só tratam dessas verdadeiras sanguessugas deste infeliz povo brasileiro.
Insisto: recuso-me a tratar do assunto; a ele só voltarei quando tiver certeza de que os culpados serão mesmo punidos.
"As idas e vindas do empresário Luiz Antônio Vedoin e as novas acusações contra o presidente do Conselho de Ética da Câmara, Ricardo Izar (PTB-SP), provocam temor na CPI dos Sanguessugas de uma absolvição em massa dos deputados acusados de envolvimento no escândalo.
O fato de Vedoin revelar novos detalhes do esquema a conta-gotas por meio da imprensa, e não para a própria comissão, a Justiça ou o Ministério Público, deverá ser usado como tática de defesa pelos deputados acusados, avaliam integrantes da CPI. Se o principal acusador perde credibilidade, o processo fica enfraquecido.
A acusação contra Izar é considerada perigosa, uma vez que o presidente do Conselho de Ética é justamente o responsável por encaminhar a abertura dos processos de cassação. Se ele próprio estiver sob suspeição, ficará difícil levar adiante as investigações contra os colegas de Câmara.
"Esclarecer o que pesa contra Izar é prioridade absoluta, para não comprometer a segunda fase da investigação, que ocorre depois da eleição, no âmbito do conselho. Neste momento nós não sabemos se existe algo de concreto contra ele, ou se é simplesmente uma tentativa de sabotagem", diz o deputado Fernando Gabeira (PV-RJ)..."
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Insiste atenta leitora para que eu trate do chamado "caso das sanguessugas" neste blog. Evitei, até hoje - quando fica evidente, pela transcrição da matéria acima, que muito pouco deverá acontecer com os parlamentares e seus assistentes, vizinhos, esposas e demais envolvidos na questão -, tratar de mais toda esta ladroeira que assola, de norte a sul e de leste a oeste, os cofres de inúmeros municípios brasileiros.
Tal qual a história do mensalão, que nosso presidente-metalúrgico convenceu o eleitorado [já não falo do povo] brasileiro de que não existiu, também o tal senhor Vedoin fará lambança tão grande, acredito, que ninguém terá certeza da existência efetiva do assalto aos cofres públicos para a compra de ambulâncias, via emendas orçamentárias. E ficam impunes os cento e tantos [ou serão oitenta, ou setenta e poucos, ou cinquenta e tal, ou meia dúzia, à exceção daqueles um ou dois - os que renunciaram a seus mandatos?] picaretas engravatados, belos e faceiros, desfilando suas habilidades em enganar o povo e transferir para seus bolsos tudo que falta a uma população que dá graças a Deus por ter a gorjeta de uma Bolsa-Família a ampará-la.
Triste país esse, preclara leitora, em que as manchetes dos jornais, quase todos os dias, só tratam dessas verdadeiras sanguessugas deste infeliz povo brasileiro.
Insisto: recuso-me a tratar do assunto; a ele só voltarei quando tiver certeza de que os culpados serão mesmo punidos.
