Em meus tempos de ginásio - já lá se vão tantos anos - quando se iniciava uma discussão entre dois de nós [alunos adolescentes ou um pouco menos], e não saia tapa, costumávamos chamar a contenda de "guerra de boca".
É o que me parece estar ocorrendo - a partir da entrada do senhor Garcia no comando da campanha do presidente candidato - na presente quadra da grande lambança que assola o país, como se pode verificar a seguir:
"É algo muito pior, não há comparação. Aquela escuta [Watergate] foi realmente terrível, mas o que temos aqui é uma somatória de desvios de poder."
Ministro Marco Aurélio Mello, presidente do TSE, ao ser entrevistado pelo Jornal do Brasil sobre os últimos e deprimentes acontecimentos.
"É uma declaração impressionista, no mínimo exagerada, para não dizer que tenha conotação partidária."
Marco Aurélio Garcia, sobre a declaração acima do presidente do TSE.
"O Judiciário não está engajado em qualquer política a não ser a política institucional. Só esclareci os parâmetros do processo."
Marco Aurélio Mello, presidente do TSE, refutando.
Consultei uns quatro ou cinco colegas de turma daqueles anos 50 e todos concordaram que estamos em clima de "guerra de boca" republicana, entre os Marcos Aurélios, que o senhor Garcia, ao que parece - por falta de coisas mais importantes para fazer -, resolveu declarar.
Concorda com minha avaliação, pacífica eleitora?