segunda-feira, setembro 18, 2006

PASSA O TEMPO E O PT NÃO TOMA JEITO. O "CHEFE" É QUE FICA SEM GRAÇA, COITADO DELE

Passa o tempo e nosso apedeuta de plantão dá mostras de algumas alterações em seu comportamento. Muda, sim; mas não seria por força das circunstâncias do momento atual [eleições próximas, por exemplo]?

Veja abaixo, leitora, a transcrição que fazemos de um trecho da página 10 (dez) do livro de Ivo Patarra - "O Chefe" - que recebi, hoje pela manhã, de um amigo. Só está disponível na versão digital [baixe-o e leia-o a partir de www.escandalodomensalao.com.br.] Motivo: nenhuma editora se dispôs a colocá-lo impresso à disposição dos leitores. Não acredito que pela qualidade do texto; fica a seu critério imaginar por quais motivos.

"...Voltemos a um acontecimento importante, ocorrido em 17 de junho de 2005. Lula deu a famosa entrevista em Paris, divulgada com exclusividade pelo programa Fantástico, da Rede Globo. O impressionante da história foi o coro do presidente ao que acabara de ser dito por Marcos Valério e Delúbio Soares, ambos metidos até o pescoço na lambança do escândalo do mensalão.
A estratégia dos três, apesar da diferença de tom das intervenções, foi a mesma: negar os pagamentos a parlamentares, o crime de corrupção, e pôr tudo na conta dos simples repasses para quitar dívidas de campanha, usando caixa 2. Um crime menor, apenas eleitoral. Para Lula, o PT fez o que é feito no Brasil, sistematicamente:
– E não é por causa do erro de um dirigente ou de outro que você pode dizer que
o PT está envolvido em corrupção..."


Estamos vivendo, desde a publicação na revista "IstoÉ" de um pretenso dossiê contra candidatos da oposição, dias de intranquilidade parecidos com aqueles que vimos nos primeiros momentos em que caiu na boca do povo a ladroagem do mensalão.
Começam a aparecer nomes e fatos [curiosamente vinculados ao partido do presidente]. E Sua Excelência, curiosamente, se comporta agora de maneira um tanto diferente da que apresentou na entrevista de Paris, em junho de 2005, para o programa Fantástico.

Ontem pela manhã, só para registrar, ao deixar a capital sergipana, o candidato à reeleição mostrou-se irritado ao saber que pessoas ligadas a seu partido haviam sido presas ao tentar vender dossiê em operação desencadeada supostamente para desacreditar o candidato ao governo de São Paulo; disse ele "... que um dossiê contra Serra é um dosssiê igual a tantos outros dossiês que circulam por esse país. Eu acho abominável as pessoas tentarem comprar notícias."

Certo senhor Freud, seu assessor especial - membro do PT e que veio a ter seu nome envolvido na maracutaia [como eles, os éticos, diziam], o que chegou ao conhecimento de Lula -, aguarda apenas a publicação em Diário Oficial de sua demissão do Gabinete da Presidência. Peixe pequeno, dirão alguns; quem sabe?

Lembra, leitora de boa memória, que em situações idênticas - não faz tanto tempo - Sua Excelência sempre lembrou que não lhe cabia julgar ilicitudes no comportamento de seus auxiliares e sim à Justiça?

Mudar, então, por quê? Alguém a meu lado comenta que a cúpula petista está é com medo de ter que enfrentar um segundo turno em decorrência da lambança criada por seus próprios membros e que está deixando inconfundível máu cheiro no ar [mensalão, sanguessuga e outros odores menos agradáveis].

Daí o comportamento quase-ético de uns e outros.
Só falta a PF mostrar por onde andam os quase dois milhões da propina que não se realizou.