Rafael Galvão, publicitário, no dia 21 de junho de 2004, uma segunda-feira, possivelmente tristonha como todas as segundas-feiras, não teve pejo de falar bem de um companheiro de profissão [coisa difícil de se ver nos últimos tempos] e tascou em seu blog comentário sobre Neil Ferreira, hoje Diretor Comercial da DPZ. Dele - comentário - transcrevemos o pequeno trecho abaixo, só para que a inteligente leitora tenha uma breve idéia de quem é Neil [autor do prato principal que se segue ao pequeno trecho transcrito de Galvão]
"... Gente como o Neil Ferreira, um dos maiores redatores que este país já viu e que há 30 anos era praticamente um deus, parece ter sido esquecido completamente em seu meio. Washington Olivetto, outro dos grandes gênios, provavelmente só é lembrado por ter sido, na década de 80, o protótipo do "publicitário ideal", o sujeito que fez com que tanta gente, alguns sem talento ou vocação, resolvesse fazer propaganda -- e por ter uma agência que, durante muito tempo, foi a melhor do país. E o Julio Ribeiro, um dos mais completos publicitários da história, é só marginalmente lembrado -- e também porque tem uma grande agência, a Talent..."
[Publicado no blog de Rafael Galvão do dia 21 de junho de 2004, segunda-feira]
Conheça agora, leitora, o prato principal oferecido por Neil Ferreira em matéria recente que escreveu e à qual deu o título de Ou o Geraldo e o Serra dão um soco na mesa ou eu vou votar no Zidane.
"A fraude, ou freud ou fred, agora transbordou o copo e não dá mais para levar isso no cavalheirismo, na boa educação, no bom mocismo. Bandidos não merecem tratamento elevado. Nem os simples operadores, nem os doutores silvanas que planejam os crimes. Muito menas o maioral do bando, que põe as mãos nos bolsos (os nossos), olha para o lado, assobia distraído, declara que num viu nada nem çabe di nada, pega o avião e some. A súcia apanhada com a mão no dinheiro, tentando comprar o Dossiê Chantagem, é da sala de visitas, da sala de estar, copa e cozinha do elemento que quer ser dono do Palácio do Planalto e da Granja do Torto por usucapião. Isto é (nome da "revista" que participou da negociata), ele quer morar lá por muitos anos e requerer depois posse definitiva, como seu cumpanhêro Fidel fez em Cuba e o cumpanhêro Chávez está fazendo na Venezuela.
A quadrilha tem ativistas polivalentes atacando em várias posições.
Um é amigo-churrasqueiro-sindicalista-arrecadador-operador-internacional-de-dinheiro-diretor-de-banco. Outro sobreviveu ao espinhoso cargo de marido da senadora ideli, da qual é um feliz ex. Outro, fred , freud ou fraude, dá na mesma, mas fraude explica, tem uma folha corrida que merece ser aprofundada. Foi segurança du ômi em quatro campanhas presidenciais, de quem se diz amigo há dezessete anos. Habitual frequentador da Granja do Torto, caminha de manhã ao lado daquela barriguinha com duas perninhas, a barbinha bem aparadinha e aquela brilhante cabecinha cheia de idéias para çalvar "esse país".
Uma delas, recente e genial, foi comparar-se a Jesus Cristo em peçoa . Seu advento emaranha-se nos meandros da república petista de Santo André, quando Celso Daniel foi assassinado. Fraude, fred , freud era segurança do Sombra, ex-segurança do Celso Daniel e suspeito de ser o mandante do assassinato. Fazia também a segurança de Gilberto Carvalho, agora secretário peçoal du ômi, quando ele levava o butim arrecadado para entregar em mãos a José Dirceu. É atribuída a fred , freud , fraude a missão de invadir o apartamento do já assassinado Celso Daniel, em companhia da ex-namorada dele Celso, em busca de fitas comprometedoras, que eram da coleção pessoal do ex-juiz Rocha Mattos, uma delas alegadamente contendo uma conversa de Gilberto de Carvalho falando do transporte da bufunfa. Mais outro, este da alta cartolagem da récua, Berzoini, CUT de origem, ex-ministro que forçou velhinhos de noventa anos a enfrentarem uma interminável fila do INSS, quase matando alguns. Quando o escândalo do Dossiê da Chantagem explodiu, saiu gritando "querem prejudicar o PT". Como é comum nas fileiras do lullopetismo, roubou e saiu gritando "pega o ladrão".
Aí, sai uma pesquisa nova e o ômi continua ganhando no primeiro turno e eu penso: "meu Deus esse povo está anestesiado". Penso também: "mas por que o eleitor deveria se indignar se o Geraldo e o Serra*, que seriam as vítimas da armação se ela não fosse flagrada, não reagem nem para animar a tropa?" Lembro-me do Montoro, uma das pessoas mais doces que conheci, enfrentando o maluf , ou algum sequaz, num debate na tv. O cara parecia a ideli , falando pelos cotovelos, agressivo e grosseiro. Montoro deu um soco na mesa e disse com a educação possivel numa situação como aquela: "Cala a boca! " Pegou o adversário no contrapé, ganhou o debate e ganhou a eleição. Inesquecível.
*Serra, a se julgar pelo programa na TV, parece não ter partido nem candidato a presidente. Uma fonte, que exigiu anonimato, disse que o partido é o PSDB e o candidato é o Geraldo. Voto nulo é voto Lulla. "
[Publicado no Diário do Comércio (SP) em 22/09/2006, sexta-feira última].
"... Gente como o Neil Ferreira, um dos maiores redatores que este país já viu e que há 30 anos era praticamente um deus, parece ter sido esquecido completamente em seu meio. Washington Olivetto, outro dos grandes gênios, provavelmente só é lembrado por ter sido, na década de 80, o protótipo do "publicitário ideal", o sujeito que fez com que tanta gente, alguns sem talento ou vocação, resolvesse fazer propaganda -- e por ter uma agência que, durante muito tempo, foi a melhor do país. E o Julio Ribeiro, um dos mais completos publicitários da história, é só marginalmente lembrado -- e também porque tem uma grande agência, a Talent..."
[Publicado no blog de Rafael Galvão do dia 21 de junho de 2004, segunda-feira]
Conheça agora, leitora, o prato principal oferecido por Neil Ferreira em matéria recente que escreveu e à qual deu o título de Ou o Geraldo e o Serra dão um soco na mesa ou eu vou votar no Zidane.
"A fraude, ou freud ou fred, agora transbordou o copo e não dá mais para levar isso no cavalheirismo, na boa educação, no bom mocismo. Bandidos não merecem tratamento elevado. Nem os simples operadores, nem os doutores silvanas que planejam os crimes. Muito menas o maioral do bando, que põe as mãos nos bolsos (os nossos), olha para o lado, assobia distraído, declara que num viu nada nem çabe di nada, pega o avião e some. A súcia apanhada com a mão no dinheiro, tentando comprar o Dossiê Chantagem, é da sala de visitas, da sala de estar, copa e cozinha do elemento que quer ser dono do Palácio do Planalto e da Granja do Torto por usucapião. Isto é (nome da "revista" que participou da negociata), ele quer morar lá por muitos anos e requerer depois posse definitiva, como seu cumpanhêro Fidel fez em Cuba e o cumpanhêro Chávez está fazendo na Venezuela.
A quadrilha tem ativistas polivalentes atacando em várias posições.
Um é amigo-churrasqueiro-sindicalista-arrecadador-operador-internacional-de-dinheiro-diretor-de-banco. Outro sobreviveu ao espinhoso cargo de marido da senadora ideli, da qual é um feliz ex. Outro, fred , freud ou fraude, dá na mesma, mas fraude explica, tem uma folha corrida que merece ser aprofundada. Foi segurança du ômi em quatro campanhas presidenciais, de quem se diz amigo há dezessete anos. Habitual frequentador da Granja do Torto, caminha de manhã ao lado daquela barriguinha com duas perninhas, a barbinha bem aparadinha e aquela brilhante cabecinha cheia de idéias para çalvar "esse país".
Uma delas, recente e genial, foi comparar-se a Jesus Cristo em peçoa . Seu advento emaranha-se nos meandros da república petista de Santo André, quando Celso Daniel foi assassinado. Fraude, fred , freud era segurança do Sombra, ex-segurança do Celso Daniel e suspeito de ser o mandante do assassinato. Fazia também a segurança de Gilberto Carvalho, agora secretário peçoal du ômi, quando ele levava o butim arrecadado para entregar em mãos a José Dirceu. É atribuída a fred , freud , fraude a missão de invadir o apartamento do já assassinado Celso Daniel, em companhia da ex-namorada dele Celso, em busca de fitas comprometedoras, que eram da coleção pessoal do ex-juiz Rocha Mattos, uma delas alegadamente contendo uma conversa de Gilberto de Carvalho falando do transporte da bufunfa. Mais outro, este da alta cartolagem da récua, Berzoini, CUT de origem, ex-ministro que forçou velhinhos de noventa anos a enfrentarem uma interminável fila do INSS, quase matando alguns. Quando o escândalo do Dossiê da Chantagem explodiu, saiu gritando "querem prejudicar o PT". Como é comum nas fileiras do lullopetismo, roubou e saiu gritando "pega o ladrão".
Aí, sai uma pesquisa nova e o ômi continua ganhando no primeiro turno e eu penso: "meu Deus esse povo está anestesiado". Penso também: "mas por que o eleitor deveria se indignar se o Geraldo e o Serra*, que seriam as vítimas da armação se ela não fosse flagrada, não reagem nem para animar a tropa?" Lembro-me do Montoro, uma das pessoas mais doces que conheci, enfrentando o maluf , ou algum sequaz, num debate na tv. O cara parecia a ideli , falando pelos cotovelos, agressivo e grosseiro. Montoro deu um soco na mesa e disse com a educação possivel numa situação como aquela: "Cala a boca! " Pegou o adversário no contrapé, ganhou o debate e ganhou a eleição. Inesquecível.
*Serra, a se julgar pelo programa na TV, parece não ter partido nem candidato a presidente. Uma fonte, que exigiu anonimato, disse que o partido é o PSDB e o candidato é o Geraldo. Voto nulo é voto Lulla. "
[Publicado no Diário do Comércio (SP) em 22/09/2006, sexta-feira última].
Tive o cuidado de grafar em negrito [no texto de Neil] algumas palavras que caberiam bem em qualquer manual de analfabetismo que se pense tornar público. Há tantos aloprados nestes caminhos percorridos por Macunaíma que nada deste teor me assustará. Viva a estupidez!
E você, o que acha, educada leitora?