Na última campanha eleitoral- que, com as eleições do dia 1º, viu o término de sua etapa inicial, - o candidato Geraldo Alckmin visitou 139 cidades; seu opositor, o presidente candidato Lula da Silva esteve, apenas, em 39 municípios, acreditando que tal comportamento seria o suficiente para reconduzí-lo à Presidência da República.
Foi, segundo analistas políticos experientes, soberba demais do senhor Da Silva [que faltou, ainda, a quase todos, senão a todos, os debates programados com os outros candidatos]. Terá S.Excia., agora, que enfrentar - se sua intenção é mesmo continuar com endereço em Brasília e não em seu apartamento de S.Bernardo -, de verdade, um adversário que não é tão fácil quanto ele acreditava ser; e em circunstâncias políticas mais que desfavoráveis criadas por auxiliares diretos seus [negando o candidato o conhecimento dos fatos ocorridos, como sempre] aos quais apodou, no mínino, que saibamos - imagino na intimidade dos gabinetes de Brasília - de aloprados e irresponsáveis.
Tudo está a indicar, ao menos na voz dos ministros responsáveis pela transmissão das idéias presidenciais, que Da Silva voltará a conduzir seu comportamento político com vistas à reeleição utilizando a estratégia do espelho retrovisor: comparando seu governo com o do antecessor e mostrando números que encantaram os eleitores deste primeiro turno, carreando para ele [candidato], a seu entender, ainda mais votantes, dentro da idéia de que, quanto mais repetidos os números que apresenta [não necessariamente verdadeiros em sua totalidade] maior será sua credibilidade.
Alguns responsáveis pela condução da campanha de Lula acreditam piamente que este é o encaminhamento certo. Mas sabe-se lá os resultados que advirão deste procedimento? Há quem, como eu - com muito mais gabarito e autoridade, aliás - não acredita que possam trazer bons resultados. Geraldo Tadeu Monteiro, cientista político, presidente do IBPS-Instituto Brasileiro de Política Social, por exemplo, afirma:
"Se Lula comparar governos [política do espelho retrovisor] perderá identidade popular e dialogará no mesmo diapasão de Alckmin, da eficiência, das realizações de governo. O perfil de gerente favorece Alckmin."
E acrescenta:
"Segundo turno, como se diz, é outra eleição. Ao mesmo tempo, ninguém despreza o que houve no primeiro turno. Lula parte de quase 49% dos votos válidos. A maneira como os candidatos chegam à nova votação é que é diferente. Alckmin aparece como vitorioso por forçar o segundo turno quando ninguém imaginava possível. E teve uma votação alta, 41% dos votos válidos. E o presidente Lula chegou como grande derrotado, porque tinha a eleição assegurada e não levou no primeiro turno."
Lula viveu, mais ou menos, a situação do urubu que, vendo deitado o boi na pastagem julgou-o morto; não estava.
Deu no que deu, prezada leitora.
Foi, segundo analistas políticos experientes, soberba demais do senhor Da Silva [que faltou, ainda, a quase todos, senão a todos, os debates programados com os outros candidatos]. Terá S.Excia., agora, que enfrentar - se sua intenção é mesmo continuar com endereço em Brasília e não em seu apartamento de S.Bernardo -, de verdade, um adversário que não é tão fácil quanto ele acreditava ser; e em circunstâncias políticas mais que desfavoráveis criadas por auxiliares diretos seus [negando o candidato o conhecimento dos fatos ocorridos, como sempre] aos quais apodou, no mínino, que saibamos - imagino na intimidade dos gabinetes de Brasília - de aloprados e irresponsáveis.
Tudo está a indicar, ao menos na voz dos ministros responsáveis pela transmissão das idéias presidenciais, que Da Silva voltará a conduzir seu comportamento político com vistas à reeleição utilizando a estratégia do espelho retrovisor: comparando seu governo com o do antecessor e mostrando números que encantaram os eleitores deste primeiro turno, carreando para ele [candidato], a seu entender, ainda mais votantes, dentro da idéia de que, quanto mais repetidos os números que apresenta [não necessariamente verdadeiros em sua totalidade] maior será sua credibilidade.
Alguns responsáveis pela condução da campanha de Lula acreditam piamente que este é o encaminhamento certo. Mas sabe-se lá os resultados que advirão deste procedimento? Há quem, como eu - com muito mais gabarito e autoridade, aliás - não acredita que possam trazer bons resultados. Geraldo Tadeu Monteiro, cientista político, presidente do IBPS-Instituto Brasileiro de Política Social, por exemplo, afirma:
"Se Lula comparar governos [política do espelho retrovisor] perderá identidade popular e dialogará no mesmo diapasão de Alckmin, da eficiência, das realizações de governo. O perfil de gerente favorece Alckmin."
E acrescenta:
"Segundo turno, como se diz, é outra eleição. Ao mesmo tempo, ninguém despreza o que houve no primeiro turno. Lula parte de quase 49% dos votos válidos. A maneira como os candidatos chegam à nova votação é que é diferente. Alckmin aparece como vitorioso por forçar o segundo turno quando ninguém imaginava possível. E teve uma votação alta, 41% dos votos válidos. E o presidente Lula chegou como grande derrotado, porque tinha a eleição assegurada e não levou no primeiro turno."
Lula viveu, mais ou menos, a situação do urubu que, vendo deitado o boi na pastagem julgou-o morto; não estava.
Deu no que deu, prezada leitora.