quarta-feira, outubro 04, 2006

PEQUENAS DIVAGAÇÕES NESTES DIAS QUE ANTECEDEM O SEGUNDO TURNO

Acabo de ouvir entrevista de senadora petista que dá continuidade à "tática do espelho retrovisor" que seu partido vem utilizando à larga neste período que antecede o segundo turno das eleições. Lembro, para quem não tem idéia de quem seja ela, que dita senhora especializou-se em despejar arrogâncias e grosserias contra seus adversários políticos e, até, a aliados, desde que assumiu seu mandato. Recuso-me a dela tratar, dando a conhecer seu nome e origem, nesta meia dúzia de parágrafos dedicados à minha educada leitora, que se revela - embora sem concordar sempre com este humilde blogueiro - pessoa permanentemente educada como a senhora senadora jamais chegará a ser em qualquer minuto de sua vida provinciana.

Prefiro, pois, tratar no momento, de assunto que considero mais relevante: as especulações sobre o segundo turno das eleições presidenciais. Importa, sobretudo, na antecâmara do evento, observar meia dúzia de três ou quatro acontecimentos que estão a se desenrolar a razoável distância do olhar inquieto do eleitor e que, no instante presente, acredito, fogem a seu [dele, eleitor] alcance.

- a negativa do TSE - feita pelo ministro César Asfor Rocha, Corregedor do Tribunal - em acolher pedido da coligação PT-PCdoB para investigar o candidato Alckmin, por abuso do poder político, econômico e dos meios de comunicação de massa [neste último caso pela divulgação das fotografias da dinheirama a ser usada no dossiêgate - de origem ainda desconhecida - que a PF garante, até agora, não haver deslindado];
- a tentativa de aproximação do senhor Lula da Silva com o senhor Collor de Mello [senador recém-eleito pelas Alagoas, como gostava de se referir ao berço de meu amigo Antônio Dias], desde o momento em que, no dia subseqüente à apuração dos votos em primeiro turno, usando horário nos meios de comunicação reservado ao presidente [e não ao candidato; pouca gente se deu conta de tal usurpação], vestindo a touca de "Lulinha Paz e Amor", estimulou o ex-presidente a apoiá-lo no segundo turno das eleições.
- o "discurso da ética" a ser comandado pelo ex-ministro Ciro Gomes [aquele que foi estudar saxofone nos EUA a pretexto de especializar-se em Economia; voltou sem haver aprendido saxofone mas revelou-se capaz de usar, com pouquíssimos deslizes, a gíria econômica da moda]; consagrou-se nas presentes eleições como o deputado [proporcinalmente] de maior votação no país.
- a conquista dos apoios constrangedores do mineiro desempregado Newton Cardoso e do paraense - digno de ter sua mão beijada pelo senhor Da Silva, apesar das diversas falcatruas em se viu envolvido em tempos não tão longínquos, também ex-ministro - Jader Barbalho [tal apoiamento é pinto com o que foi recebido por Alckmin de uma família do Estado do Rio].

Outros fatos há, desenvolvendo-se nas quebradas da vida, que não cabem ser citados, por enquanto. Calma e ações enérgicas, prezada amiga; um pouco mais de tempo e a eles faremos referência, apressado leitor.

Deixo à preclara leitora e ao apressado leitor a tarefa de descobrir nome e origem da senadora à qual me referi no primeiro parágrafo da presente postagem.
Garanto que, se não for ela vítima de problema cardíaco até o dia 29 próximo [tal o ódio que dispensa ao ex-presidente FHC, por exemplo], seremos obrigados, mesmo os petistas, a baixar o volume de nossos aparelhos de TV, passar para um canal pago ou, simplesmente, desligar os aparelhos que, lá de cima, nosso querido Stanislaw insiste em continuar chamando de "máquinas de fazer loucos".