“Acho que o país tem assuntos mais sérios a tratar e discutir o eventual encontro entre a ministra e a ex-secretária empobrece a política [...] Seria tão mais simples e tão mais fácil se a secretária (Lina) mostrasse a agenda do encontro com a Dilma. Ela não precisaria gastar dinheiro, pegar um avião. Era só pegar as duas agendas".
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Precisava S.Excia "entrar de carrinho, pela frente", e acabar se envolvendo, sem a menor necessidade [em tese, pelo menos] nessa questão da audiência que a "Doutora" concedeu, em seu gabinete em Brasília, à senhora Lina?
Se entrou na jogada, consciente [com um pouco de energia além da necessária, é verdade, como dizem os ex-árbitros de futebol, transformados em cronistas esportivos], na certeza de que não receberia nem cartão amarelo, foi por ter muita confiança no juiz da contenda, neste caso, amiga, os índices de aprovação que o povão lhe tem concedido.
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Pois não teria sido mais simples manter-se à distância - como Romário fez durante quase toda sua carreira de goleador - fingir-se de morto e, no momento certo [mesmo que fosse com o bico da chuteira], fazer com que a pelota se dirigisse àquele canto do gol sem qualquer chance para o goleiro?
Preferiu o senhor Lula, pelo contrário, o caminho mais complicado; que pode, até, fazer com que venha a perder o gol que considerava já garantido [quase, na verdade, é bom que se lembre] e que levaria ao Planalto - em seu assento mais alto - a senhora "Doutora".

