quinta-feira, fevereiro 02, 2006

DAQUI PRA FRENTE, BATEU VAI LEVAR

Roberto Freire [presidente do PPS e deputado por Pernambuco] detonou, ontem, em discurso na Câmara, a discussão sobre a possibilidade de "impeachment" do ministro Jobim, presidente do Supremo [por considerar que suas decisões vêm afrontando o Legislativo]. Como conseqüência, ainda ontem, um grupo de juristas, representantes da imprensa e Igreja Católica, deu entrada a interpelação no Supremo solicitando que o presidente do STF [sob pena de ser denunciado por crime de responsabilidade, em caso de resposta positiva e não renunciando de imediato à função] confirme se será candidato ou não nas eleições de outubro deste ano. Em cinco dias deverá ser respondido o questionamento.
Roberto Carlos Kurzweil [outro amigo do poder, no caso o ministro Palocci], teve seus sigilos quebrados: na última terça-feira, 31/01, Jobim concedeu-lhe liminar suspendendo a aplicação do ato.
Ontem, quarta-feira, 01 [na abertura do Ano Judiciário], ao contestar as criticas de que vem sendo alvo [no Congresso, na imprensa, na Igreja e, pasmem, na própria magistratura] Nelson Jobim, ministro presidente do Supremo Tribunal Federal, afirmou: "Decidir contra a suposta vontade da maioria, da opinião pública, significa exposição a iras de alguns poderosos. Significa exposição a toda sorte de ilações injustas. Esquecem que o Supremo nunca se curvou e não irá se curvar a patrulhamentos de nenhum tipo, públicos ou privados."
Não é pra se curvar mesmo, Meretíssimo. Não pode é ficar, impunemente, fazendo mil lambanças e ninguém dizer [ou fazer] nada.

Em tempo: hoje pela manhã, 02, o Meretíssimo reuniu-se com o presidente Lula da Silva no Palácio do Planalto.