terça-feira, fevereiro 21, 2006

D.DILMA DEVE TER FICADO BRABA

Imagino a cara da ministra chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, ontem, 20, quando reuniu os integrantes do setor sucroalcooleiro para discutir [no Palácio do Planalto, com toda pompa e circunstância] as razões que levaram ao descumprimento do acordo entre governo e usineiros para deter o encarecimento do produto. "Conversa de bêbado com delegado", como diria [se entre nós ainda estivesse] meu amigo Jorge Estrella.
Sem condições [ou competência?] para fazer cumprir o acordado entre governo e produtores [não passa muito mais de um mês] e visando descobrir alguma forma que leve à redução dos preços do álcool - atemorizadas com o possível perigo de desabastecimento do produto no mercado interno e decididas a reduzir a mistura de álcool anidro à gasolina de 25% para 20% [queda prevista no consumo interno, em um ano, de 1,2 a 1,5 bilhão de litros] - as autoridades [ditas responsáveis] tomaram a única providência em que têm demonstrado agilidade e competência:: marcaram uma reunião. Que, como toda reunião que se preza, não deverá levar a nada.
Sairam os usineiros sem dar declarações [como sempre]. Pelo governo, o simpático ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues, declarou que foi cobrado [da outra parte] mais respeito ao acordo. E daí, cara pálida?

Segundo pesquisa semanal feita pela ANP- Agência Nacional do Petróleo , o litro do álcool hidratado alcançou [na última semana] o preço médio de R$ 1,765 [aumento, desde junho de 2005, de 41%].
No Rio, o litro já chegou aos R$ 2,00.