quinta-feira, março 02, 2006

NOSSA GENTE DE PALETÓ E GRAVATA NA TERRA DE SHAKESPEARE

Dia 7 próximo, terça-feira, o presidente Lula da Silva chegará de carruagem, acompanhado por membro da família real, ao Palácio de Buckingham, residência oficial da monarquia britânica, onde ficará hospedado. É objeto da viagem de S.Excelência encontro com a elite financeira do Reino Unido com vistas a estimular os investimentos e os negócios bilaterais.
Será cercada de "toda a pompa e circunstância do Império Britânico" a visita do presidente, conforme disse à imprensa, ontem, Antonio Patriota, subsecretário-geral político do Ministério das Relações Exteriores. Significa dizer que haverá banquete com a rainha, reunião com o primeiro-ministro britânico, Tony Blair, encontro com líderes da oposição inglesa, café da manhã com o empresariado local, visitas a centro culturais e coisas e loisas.
À imagem do encontro em 2003, com o rei de Espanha, D.Juan Carlos, nosso presidente dispensará o fraque, normalmente utilizado pelos participantes de encontros formais com Sua Majestade; como vestimenta para o banquete com a rainha Elizabeth II irá mesmo de terno, o que fará, por certo, sem ferir o protocolo da diplomacia britânica, que tem por norma deixar seus convidados "inteiramente à vontade".
Não deixará S.Excelência de levar, mais uma vez, ao Velho Mundo, o sonho brasileiro - que se tornou quase razão de ser de nossa diplomacia nos últimos tempos - da conquista de assento permanente no Conselho de Segurança da ONU. No encontro que terá com Blair, Lula da Silva [e os sete ministros que o acompanharão na viagem] não deixará de tratar, além do andamento das negociações globais na OMC-Organização Mundial do Comércio, as eventuais reformas da ONU que possam favorecer as aspirações brasileiras. "Há um desejo comum [do Reino Unido e do Brasil] de democratizar os órgãos decisórios internacionais", afirmou Patriota.
Entre os principais nomes de empresariado inglès não poderão faltar, entre outros, representantes da Rolls-Royce e da Shell; já da parte brasileira estarão presentes, fora de qualquer dúvida, empresários da Bovespa e diretores da Vale do Rio Doce e da Petrobras. Acordos de cooperação vão ser assinados e não faltarão discussões sobre convênios e a sempre oportuna criação de um comitê econômico-comercial conjunto que buscará promover o comércio e os investimentos.

De volta ao Brasil Maravilha tome palanque que ninguém é de ferro e não percamos tempo que o PSDB está facilitando as coisas com essa história de não definir, até agora, quem vai competir com S.Excia.
Vambora, gente!