Enquanto o cocaleiro Morales - durante a IV Cúpula da União Européia, América Latina e Caribe, em andamento na capital da Áustria - surpreende o presidente Lula da Silva [não a Petrobras nem o resto do Brasil] com suas declarações bombásticas, o "hermano" Hugo Chávez diz que "... [a Bolívia] está se levantando em paz, não com fuzis na mão"; lembra, ainda, o folclórico primeiro mandatário venezuelano que Evo Morales, ao tomar a decisão de nacionalizar os hidrocarbonetos en 1º de maio último - motivo de inquietação para a comunidade internacional - nada mais fez que cumprir com suas promessas de campanha eleitoral [apoiadas veementemente pelo Brasil na pessoa de seu presidente, lembramos nós para quem já esqueceu.]Lembra Chávez em discurso feito hoje em Viena, plenamente favorável a seu "hermano" boliviano, que Morales "... é um político sério, claro, honesto e transparente e vamos trabalhar com ele [que está] "... cumprindo um mandato do povo parecido ao que fez Zapatero [presidente do governo espanhol] que prometeu retirar as tropas do Iraque e o fez; Evo prometeu nacionalizar os recursos e o fez."
Estava certo o ministro Marco Aurélio Mello ao lembrar em seu discurso de posse no Tribunal Superior Eleitoral-TSE, no dia 4 último, ao dizer que "... percebemos, na simples comparação entre o discurso oficial e as notícias jornalísticas, que o Brasil se tornou um país de faz-de-conta [destaque nosso]."
Compare, atenta leitora, o conteúdo das primeiras páginas dos jornais de hoje com as palavras - pode-se dizer tranqüilas - do discurso oficial. E diga, com a alma preocupada e o coração em prantos: estava certo ou não o ministro Marco Aurélio?
(Foto: AP)
