
Localizada no Guará 1 e ocupando terreno de 200 metros quadrados, a casa ao lado - alugada por R$ 1,4 mil mensais - está avaliada em R$ 280 mil. Segundo informou à ONG Cartas Abertas funcionária da empresa locadora, o uso do imóvel era, para ela, até pouco tempo, destinado a uma pessoa física; só chegou a seu conhecimento que o imóvel era utilizado como sede do MLST, confundindo-se com a da Anara (Associação Nacional de Apoio à Reforma Agrária), quando da invasão da Câmara dos Deputados por militantes pertencentes àquelas organizações.
Gladis Rossi, secretária nacional do MLST é quem ocupa a casa - sede, oficialmente, da Anara em Brasília - com apenas mais très pessoas de sua família [pai, mãe e filha], e que a mesma serve para receber militantes do movimento quando, eventualmente, viajam para Brasília; afirma ela, Gladis, que quem paga o aluguel é o MLST.
Impressiona aos não acostumados como nós a esse tipo de coisas é que o movimento que se rotula sem-terra ocupe - em terreno cujo metro quadrado é dos mais caros do Brasil - casa de tamanha área e tantos cômodos [três quartos, garagem e tudo mais que se espera de qualquer imóvel localizado naquela região] para alojar apenas a reduzida família de um de seus militantes graduados e um e outro gato pingado do movimento que por lá apareça para visitar a capital.