"Nunca houve, minha gente, em tempo algum, país como esse."
Desnecessário identificar o autor da frase. Se verdadeira ou não, isso é outra questão. Todos [ou quase] nós brasileiros estamos cansados de ouví-la quando menos esperamos, nos horários gratuitos - gratuitos uma brisa, subsidiados por nós todos, brasileiros, com o dinheiro dos altíssimos impostos que pagamos - do rádio e da televisão reservados às mensagens governamentais e reproduzidas, vez por outra, cada vez menos, pela imprensa escrita.
Mas evoluimos muito, não podemos negar, no atual governo. Tanto é que até pelos "cafundós do Judas" deste Brasil já se pode sentir os feitos do brilhante candidato à reeleição para presidente deste país-maravilha [cada vez mais único no contexto das nações].
Pois não é, amável leitora, que lá no Acre - que até o Armando Nogueira, acreano de nascimento, pouco conhece -, por se mostrar tão boa a situação, o campo de trabalho para os causídicos, por exemplo, praticamente desapareceu. Que fez, então, o jovem Marlon Ferreira da Silva, 20 anos, aluno de Direito da Universidade Federal do Acre, em Rio Branco? Reuniu-se a três amigos - tão mal de vida quanto ele, suponho - e partiu para assaltar um taxista. Não foi feliz, porém, em sua tentativa de melhorar um pouco de vida. Pelo contrário: perdeu-a sem poder usufruir dos resultados do butim.
Especula-se nos jornais se o jovem estudante de Direito - vítima das mínimas possibilidades de trabalho oferecidas aos jovens nesta Terra de Santa Cruz - pertenceria a alguma facção do crime organizado; o PCC, por exemplo.