Decreto proibindo a divulgação dos gastos pessoais do presidente [e pessoas a ele ligadas] com cartões corporativos do Palácio do Planalto, obstaram aos parlamentares da oposição - que estiveram ontem, 18, quarta-feira, com o presidente do TCU, ministro Ubiratan Lemos - a confirmação das informações correntes de que "várias notas frias foram compradas para calçar as despesas com o cartão de crédito do presidente" candidato [conforme informado pelo deputado baiano José Carlos Aleluia, líder da minoria na Câmara], o que já teria sido identificado por aquele tribunal.
É intenção do senador Álvaro Dias (PSDB-PR), por outro lado, um dos parlamentares que fez parte da comitiva que foi ter ao ministro Ubiratan Lemos, recorrer à Advocacia do Senado com vistas a derrubar o decreto proibindo o acesso aos gastos pessoais do presidente. Entende o senador paranaense que a edição da medida decorreu da ação de "um técnico do Senado [que] estava analisando os dados dos cartões e quando chegou próximo ao presidente da República o decreto foi editado. O goveno montou uma operação para proteger esses documentos, mas vamos tentar remover estes obstáculos."
Espera-se que até a próxima quarta-feira, antes das eleições a serem realizadas no dia 29, seja liberado relatório preliminar pelo Tribunal de Contas sobre a questão dos cartões.
A propósito: alegam as autoridades do governo que os dados a respeito dos cartões corporativos são informações de segurança nacional, daí o tratamento confidencial que lhes é atribuído.
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